Márcio França já sabe o que receberá de presente do Papai Noel

Márcio França e o Papai Noel

O socialista oportunista Márcio França, do PSB, deverá fazer parte da reforma ministerial do presidente Lula antes do Natal e ser demitido duas vezes pelo mesmo governo.

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Márcio França foi Ministro dos Portos e Aeroportos por poucos meses, no início de 2022, e depois de exonerado do cargo, foi indicado para um ministério criado, especialmente, para acomodá-lo. É deste ministério vazio, sem conteúdo e sem serventia que poderá ser destituído novamente.

Desprestigiado e humilhado, ficou afamado como o Micro Ministro do governo Lula ao assumir o Ministério da Micro e Pequena Empresa, sem gabinete, sem sala e sem funcionários. Seguiu de modo figurativo, num cargo público, acomodado numa modesta sala dentro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, emprestada pelo seu colega do PSB, ministro Geraldo Alckmin.

As alterações ministeriais – que poderão ocorrer este mês ainda e se estender até o início de 2025 – poderão pegar em cheio na cabeça de Márcio França. O presidente Lula sinalizou com as mudanças, numa reunião com seus aliados mais próximos, sem, no entanto, antecipar ainda qualquer desenho de reformulação. É a primeira vez, em dois anos, que o presidente Lula deu um sinal de que está disposto a mexer em seus ministros.

Costurada internamente por Lula, a reforma ministerial prevê mudanças nos ministros sem domínio sobre as bancadas dos seus partidos no Congresso, como assegurou Lauro Jardim em O Globo. Caso específico de Márcio França, do PSB, sem nenhuma interferência na bancada socialista com 14 deputados federais, sendo apenas dois de São Paulo, Jonas Donizette e Tabata Amaral. 

A discussão caminha para que assumam os comandos dos ministérios aqueles que, de fato, conseguem trazer os votos dos deputados e senadores. No novo desenho da Esplanada dos Ministérios, os traços principais contornam o perfil dos cotados Arthur Lira do PP, Rodrigo Pacheco do PSD e Marcos Pereira do Republicanos.

Neste contexto, o PSB sacrificaria Márcio França, deixando preservado o vice-presidente Alckmin. Ganha também peso político uma possível nova federação entre os partidos União Brasil, PP e Republicanos. Juntos, os três formariam um superbloco parlamentar com 17 senadores e 153 deputados federais – o maior da casa – superando o PL, que tem 93 deputados.

Aliás, o superbloco já está de olho na reforma ministerial de Lula e avalia que, pelo tamanho, poderá ganhar mais espaço no governo. O peso e o volume do superbloco são reais e não uma gordura flácida como a de Márcio França do PSB e de outros ministros do atual governo que poderão ser demitidos. 

O Ministério da Saúde Política adverte: “Celulite faz mal para o Governo”.

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