Por que a Copape continua sem poder operar na distribuição de combustíveis?

Sede da Copape

No comércio e distribuição de combustíveis no Brasil e, especificamente, em São Paulo sempre que o Primeiro Comando da Capital – PCC – é citado como influente neste mercado, uma companhia de combustíveis aparece com frequência e com destaque como representante dessa facção criminosa no setor. Essa empresa é a Copape Comércio de Petróleo Ltda, com sede em Guarulhos, município da Grande…

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Em maio deste ano o Ministério Público do Estado de São Paulo – MP – encaminhou um documento oficial ao Blog do Xonka, afirmando que se existe alguma irregularidade praticada por essa empresa, é de sonegação de impostos e não criminal. E encerrou a investigação contra a Copape, o que levou a empresa a publicar uma nota nos principais jornais de São Paulo, afirmando que não tem nenhuma ligação com o PCC.

Mas uma declaração, posterior a essa decisão do MP, atribuída ao presidente do Instituto Combustível Legal – ICL –, Emerson Kapaz, de uma suposta conexão da COPAPE com o PCC, teria determinado a cassação da licença de funcionamento da Copape, pelo Agência Nacional do petróleo – ANP – parando suas atividades em São Paulo e em todos o país.

A partir daí desencadeou-se uma batalha judicial para a retomada do funcionamento da empresa, acusada injustamente de pertencer ao PCC. Logo após a cassação da licença da Copape, o promotor Lincoln Gakiya, responsável no Ministério Público do Estado de São Paulo pelos inquéritos que envolve o crime organizado, chegou a investigar a ligação do PCC com postos de gasolina.

Numa reportagem do programa jornalístico Brasil Urgente, da Band TV, foidestacado que a Copape uma formuladora de combustíveis que distribui gasolina em São Paulo não tem qualquer ligação com o PCC. Durante a entrevista o promotor Gakiya declarou: “Não tem nenhuma investigação, seja no Gaeco ou em qualquer departamento aqui do Ministério Público envolvendo esta empresa (Copape) com o PCC”.

Veja a reportagem da Band TV:

Em nenhum momento as autoridades estaduais e federais dirigiram suas investigações para uma possível disputa de mercado onde sempre atuou com esse “modus operandi” o controlador da Refinaria de Manguinhos – REFIT – o foragido da justiça e ex-presidiário Ricardo Magro, que hoje vive nos Estados Unidos, sustentando seus luxos em Miami com os quase 20 bilhões de reais que sonegou no Brasil.

O bilionário Ricardo Magro com seu poder jurídico e midiático sempre se aproveita desses dois segmentos da sociedade para espalhar notícias e ações que denunciam um suposto envolvimento de seus concorrentes com o crime organizado.

Essa constatação já foi denunciada por vários jornalistas e concorrentes da REFITe no dia 24 de novembro, no jornalístico Domingo Espetacular, da Record TV, essa disputa desleal da REFIT acabou ficando evidenciada.

Veja a reportagem do Domingo Espetacular da Record TV:

Mas, mesmo assim, a ANP fechou a Copape, ceifou milhares de empregos diretos e indiretos, aumentou as pressões de alta sobre os preços dos combustíveis, precisamente sob o pretexto de ser, a Copape, empresa associada ao PCC. 

O próprio diretor geral da ANP, Rodolfo Henrique Saboia, declarou: “Na verdade, a cassação sem o direito do contraditório foi exatamente pela questão a suspeita de pertencer a crime organizado”.

ANP ressaltou ainda: “As declarações atribuídas ao presidente do Instituto Combustível Legal, Emerson Kapaz, de uma suposta conexão da Copape com o PCC, não possuem qualquer relação com o processo administrativo instaurado pela ANP, cabe somente ao ICL respondê-la”.

Para os advogados da Copape“foi finalmente desmascarada essa mentira, essa campanha difamatória com fim concorrencial e a ANP reconheceu que era mesmo tudo mentira, colocou a culpa nos concorrentes, mas não mandou reabrir a Copape, agora sob novos pretextos, à luz de supostas desconformidades regulatórias que assolam os concorrentes mais do que a Copape”ressaltaram.

O departamento jurídico da Copape afirma que “ANP e, antes dela, o diretor que relata o processo administrativo e que orquestra o bloqueio das atividades da Copape deverão responder pelos danos infundados que dão causa, os mesmos danos que o pedido esmaecido de desculpas da ANP procura, agora, escamotear”. 

Há muitas formas de pedir desculpas, as mais acanhadas embutem o receio do ofensor de ser chamado a responsabilidade. É por isso que a Copape continua sendo penalizada.

Para terminar esse artigo, gostaria de dizer que eu seria ingênuo de ignorar e hipócrita de negar que – diante de tantos equívocos praticados por autoridades constituídas – a Copape precisa voltar a operar. A ANP precisa liberar essa companhia para que todos possam voltar a trabalhar. É isso. E nada mais.

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