Ricardo Magro não para de cometer delitos. Conhecido como o chefe da máfia dos combustíveis, ele agora assiste ao desmoronamento do império de fraudes que construiu ao longo dos anos. A mais recente investida do Governo do Estado de São Paulo foi impor regime especial a outras três empresas de distribuição de combustíveis do Grupo Magro.
A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (SEFAZ-SP) determinou que aEstrela Distribuidora de Combustíveis Ltda., a Máxima Distribuidora de Combustíveis Ltda. e a Orizona Combustíveis S/A passem a operar apenas após o recolhimento do ICMS devido. Os postos de gasolina que comprarem combustível dessas empresas serão solidários nas penalidades.
Essas três empresas, que sonegam impostos na distribuição de combustíveis para o Grupo Magro, atuam no Estado de São Paulo exclusivamente para a Refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, a REFIT, principal empresa de Ricardo Magro. Além delas, a SEFAZ-SP já decretou regime especial em outras quatro empresas do grupo.
Somam-se à punição da Estrela, Máxima e Orizona as empresas Flagler Combustíveis S/A, Império Comércio de Petróleo, Everest Distribuidora de Combustíveis e uma das maiores fraudadoras do Grupo Magro, a Fera Lubrificantes Ltda., empresa registrada em nome do pai de Ricardo Magro, João Manuel Magro, e do seu avô materno, Manuel Joaquim de Andrade.

Já são sete companhias sob intensa fiscalização, das mais de 180 empresas que a Polícia Civil do Estado de São Paulo está investigando e que fazem parte do Grupo Magro, organização criminosa pertencente a Ricardo Magro, que está sendo investigada por lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Por meio de regimes tributários especiais, a SEFAZ-SP tem tentado atingir empresas vendedoras de combustíveis diretamente ligadas à REFIT de Ricardo Magro, o maior sonegador do Estado de São Paulo, de onde ele já surrupiou mais de R$ 9 bilhões. Acrescenta-se a essa dívida mais de R$ 11 bilhões que Ricardo Magro já sonegou no Estado do Rio de Janeiro.
Essa medida é mais um golpe certeiro contra o esquema montado por Ricardo Magro, seus familiares e vários executivos “laranjas”, que emprestam seus nomes em troca de fartas remunerações, e que sobreviveu até hoje de calotes, artimanhas fiscais e corrupção descarada. Ricardo Magro não pode ser chamado de empresário — é o arquiteto de uma máquina de sonegação que drenou mais de R$ 20 bilhões dos cofres públicos e destruiu a concorrência honesta no setor de combustíveis no Brasil.
Por anos, Ricardo Magro se protegeu com manobras jurídicas, conchavos e silêncio comprado. Vivendo foragido do Brasil, nos Estados Unidos, calcula-se que suas empresas remetam cerca de R$ 600 milhões por mês para bancos estrangeiros. Mas o jogo está virando. A Justiça está avançando, os bloqueios se acumulam, e cada nova decisão revela o que muitos já sabiam: Ricardo Magro construiu sua fortuna sobre o roubo sistemático do dinheiro público.
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