Na dança das cadeiras que o presidente Lula pretende realizar para definir as novas indicações para cargos das agências reguladoras, Daniel Maia, diretor da Agência Nacional do Petróleo – ANP – deverá perder o seu lugar. Ele tem provocado muitas reclamações, mas a principal delas é da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, que tem se queixado de Maia diretamente com Lula.
Daniel Maia foi apadrinhado para esse cargo pelo seu concunhado, o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União – TCU – Aroldo Cedraz. E poderá ser por meio desse mesmo padrinho punido. Cedraz exerce muita influência sobre o diretor Maia, criando embaraços para a Petrobrás.
As mudanças poderão ocorrer este ano ainda. Para a ANP, o novo diretor-geral deverá ser Artur Watt Neto, procurador da Advocacia Geral da União – AGU -, uma indicação do senador Otto Alencar, do PSD da Bahia. E para uma outra diretoria da ANP deverá assumir Pietro Adamo Mendes, atual secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia – MME – e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Mendes foi indicado pelo ministro do MME, Alexandre Silveira, também do PSD.
A dor de cabeça do presidente Lula pode aumentar devido à exposição que a agência e seus servidores vêm sofrendo em razão da atuação controversa do diretor Daniel Maia e da interferência de seu cunhado, Thiago Cedraz, em deliberações voltadas a interesses específicos.
Nos bastidores da política em Brasília, circulam comentários preocupantes de que Daniel Maia, sob influência do advogado Thiago Cedraz, estaria favorecendo, na ANP, os interesses de Ricardo Magro, apontado como o maior sonegador do Brasil e proprietário da Refinaria de Manguinhos – REFIT -, no Rio de Janeiro, em detrimento de seus concorrentes diretos na distribuição de combustíveis no eixo São Paulo-Rio.
Na semana passada, a Polícia Civil de São Paulo, realizou uma mega operação contra Ricardo Magro e suas empresas, por sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e ligação com organização criminosa, no caso o PCC, na distribuição e comercialização de combustíveis.
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