Quanto Pablo Marçal pagou para usar durante um mês o esconderijo

Por Alberto Luchetti

Durante todo o mês de setembro e até as eleições, Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, presidente nacional do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro – PRTB – ficou escondido no escritório do advogado Anderson Pomini – atual presidente do Porto de Santos, conforme já anunciado aqui neste blog.

Já expliquei, mas é bom lembrar, que Pablo Marçal, candidato derrotado do PRTB à Prefeitura de São Paulo, afastou da campanha o presidente Avalanche para não contaminar sua candidatura com as supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital – PCC – facção criminosa de maior ressonância no Brasil.

Na prestação de contas entregue no Tribunal Superior Eleitoral, – – Região Sudeste – Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo – Pablo Marçal declarou que pagou R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) à Pomini Sociedade de Advogados, como pode ser comprovado pela foto acima. 

O escritório de Anderson Pomini, que foi utilizado como esconderijo pelo presidente do PRTB, no mês de setembro, fica na rua Padre João Manoel, 755, conjunto 111, Condomínio Edifício Martim Francisco Andrada Silva, no bairro de Cerqueira César, região nobre de São Paulo. 

No mesmo Condomínio Martim Francisco existe um imóvel de 300 metros quadrados, sendo alugado pelo imobiliária FL Brokers, por R$ 26.000,00 (vinte e seis mil reais) mensais. O que deixa claro que o metro quadrado no local está sendo alugado por cerca de R$ 87,00 (oitenta e sete reais) por mês. 

Todos os 19 andares do condomínio da rua Padre João Manoel têm 600 metros quadrados de laje e são divididos em dois escritórios de 300 metros quadrados cada um, como o de Anderson Pomini. Cinco elevadores sociais servem todos os andares desde a garagem com quase 180 vagas de estacionamento.

Leonardo Avalanche, que ficou só na espreita fazendo o M, no escritório de Anderson Pomini, pelo que se sabe, não ficou refastelado em todas as suas dependências. Na verdade, é muito espaço para Avalanche que deveria ficar sorrateiramente quieto e não atrapalhar ainda mais as traquinagens do candidato Marçal.

Então cabe a indagação: como ficou dividido os 200 mil reais pagos a Pomini por Pablo Marçal? Quanto ficou para cobrir as ações criminais e eleitorais do delituoso candidato Pablo Marçal e quanto ficou para esconder Leonardo Avalanche, presidente do PRTB e amigo do PCC? Aluguelzinho caro esse, hein?